quebrando o silencio depois de uns tres meses para mandar um breve release do And One ontem em Buenos Aires.
antes aproveito pra dar a razao do desaparecimento: abri com uns colegas uma casa aqui no Rio Grande do Sul, coisa modesta, para umas 100 pessoas no maximo... a inauguracao foi no reveillon e desde entao tem sido uma correria sem fim...
musica e fotografia inclusive acabaram ficando em segundo plano por causa dessa jornada dupla... a noite no BUNKER (eh esse o nome da bodega) e de dia no trabalho..
enquanto a pagina nao fica pronta, fotos da casa estao em www.flickr.com/photos/obunker
a grande licao que tirei foi: melhor que ter um bar/casa eh ter algum amigo que tenha!
e foi por estar envolvido com o BUNKER no fim de semana que acabei nao podendo viajar pra ver o herz fest! motivo de lastima profunda!
mas pra compensar isso, ontem embarquei pra buenos aires pra ver o que eh verdade e o que eh lenda na cena argentina...
de inicio duas coisas me impressionaram o baixo preco do ingresso (70 pesos argentinos... algo perto de 40 reais) e a velocidade com que eles se esgotaram...
enquanto no brasil penamos pra levar gente pros eventos os caras aqui lotam a casa mesmo.
o publico eh formado por trevosos de todas as idades... mas achei que a predominancia era do pessoal mais novo... o que da uma boa dica de como manter as casas cheias: renovacao do publico!
sobre o show minha opiniao se divide... o palco nao era nada muito atraente... dois teclados e o steve naghavi... era isso... nenhuma projecao, nenhuma iluminacao muito mirabolante... alem do fato de ficar muito obvio que os teclados eram meros elementos cenograficos (nada contra, mas eh bacana ver alguma intervencao ao vivo dos musicos nas faixas... principalmente quando se tem tres membros da banda no palco).
cheguei cedo pra tentar pegar um lugar nas primeiras filas para garantir algumas boas fotos ja que a organizacao dos eventos nao deu a minima atencao pro fato de eu estar interessado em cobrir o evento pro overclock (nada de credenciamento pra imprensa, acesso a passagem de som, a backstage nem muito menos entrevista com a banda...)
mas enfim, feitas as fotos ali perto do palco tratei de procurar uma rota de escape para o mezzanino... a tietagem e a truculencia era firme ali na frente e eu, que encaro com prazer e alegria rodas de pogo em shows de punk/hardcore, achei que barra ali estava pesando demais... desconforto tem limites (mesmo descontando o calor infernal, a roupa encharcada de suor e a ondensacao nas lentes das cameras)...
agora confortavelmente instalado pude apreciar o show particular do Sr. Naghavi. performatico, rebolativo e carismatico... em alguns momentos deixaria ate o Dave Gahan ou o Hansen com inveja... Chris Ruiz por vezes ataca de backing vocal... e ate acaba se empolgando demais, mas aqui sem deixar ninguem com inveja (no maximo conseguiria constrangir o Richard 23)
marcado para as 21h30, o show comecou com meia hora de atraso. O set list tinha todos os antigos sucessos: Technoman, Deutschmaschine, Panzermensch, Metalhammer, Wasted, Second Voice e Get you closer e emendava com novos petardos, culminando na esmagadora Military Fashion Show pra encerrar a noite...
Outro ponto alto foram os covers que pontuaram o set. Timekiller do Procject Pitchfork, Sweet Dreams do Eurythimcs, Personal Jesus do DM e por ultimo The Walk to The Cure...
todas as faixas aqui ganharm realmente a roupagem do And One... confesso que nunca vi covers soarem assim tao originais... os riffs de The Walk tocados com os timbres carcteristicos do And One e com as tradicionais batidas pulsantes fazem a faixa parecer inclusive uma das composicoes de Naghavi...
passada a apoteose e findo o espetaculo tentei esperar a saida da banda para pescar alguma declaracao/foto exclusiva... mas sem sucesso... a evasao dos caras foi relampago e o maximo que as tites conseguiram foi fotografar o trio ja dentro do carro para o hotel...
mas a espera valeu por ouro motivo: reencontrei o Sr. Patrick Mills, que responde pelos vocais do Mhz e do Lastrax e devemos bater um papo hoje a noite sobre a cena argentina e os lancamentos futuros de seus projetos... e na sequencia subo os videos e fotos que fiz do show!!
direto da capital portenha,
:Wandeclayt:
4 comentários:
que bom!! boas novas, pena que eu não pude ir ..bjos
Cara, eu e minha esposa também fomosao show e posso afirmar que foi brilhante.
Vê-los desfiando suas musicas a pouquissimos metros do palco foi uma experiência única, pelo menos para nós que curtimos P*** o som deles.
Ficamos na frente pelo menos até a metado de "stand the pain" pois a selvageria estava incontrolavel, era um empurra-empurra impressionante. Mas valeu cada minuto e esforço. A conclusão: Fariamos de novo.
O show correspondeu a todas as minhas expectativas e um pouco mais!!! A banda é excelente ao vivo e o Steve Naghavi é simplesmente demais. Difícil foi aguentar a selvageria do público, mas devo confessar que os argentinos conseguiram agitar até o final do show, mesmo com o calor insuportável. Estamos esperando a volta prometida e estaremos lá com certeza.
Energia não faltou mesmo. Palco e platéia estavam durante todo o show fervendo (quase que literalmente, porque era infernal o calor no La Trastienda.)
Mas foi muito bacana ver aquela empolgação toda quando eu já tinha subido pro Mezzanino... Casa lotada, todo mundo cantando junto...
So continuo lamentando pela fraca produção de palco... nenhuma projeção, nenhuma decoração... nem uma unica bandeirinha pendurada com o logo da banda...
E nada de merchandising à venda também...
Naghavi e cia. trouxeram na bagagem apenas os ternos, porque até os teclados eram emprestados da banda argentina de futurepop Nekrodamus...
Espero que em outubro eles tragam malas mais recheadas.
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