segunda-feira, setembro 04, 2006
VNV Nation - Live Report
Apostar na vinda do VNV Nation ao Brasil seria algo inpensavel em nosso passado recente. Apesar de Front 242 (em apresentacao mais que tardia), Clan of Xymox, Vomito Negro, Neon Judgement e outros icones do cenario alternativo dos anos 80 terem passagens memoraveis por nossos palcos, nomes de peso do cenario atual ainda nao tinham recebido a devida atencao dos produtores.
O VNV Nation quebrou este tabu em grande estilo. Em evento produzido pela Indie Records/Lado Z (os mesmos responsaveis pela apresentacao do Front 242 em 2003) o evento teve estrutura e organizacao impecaveis - detalhes menores como os pequenos e alagados banheiros da casa nao diminuiram em nada o brilho da noite. A estrutura de palco nada ficou devendo ao que se pode ver no DVD Past Perfect.
O show com duracao prevista de 90 minutos, acabou atingindo a marca de duas horas. O contagiante carisma e inesgotavel energia do frontman Ronan Harris eram refletidos na empolgacao do publico. Energia tambem era palavra de ordem para o baterista e grandalhao Mark Jackson, responsavel por vigorosamente espancar os drumpads no palco.
Conversando e interagindo com o publico durante todo o show, elogiando a resposta da audiencia e prometendo uma volta aos palcos brasileiros, Ronan manteve-se durante todo o tempo em conexao com a extasiada plateia.
Transcendendo o universo das cancoes pre-sequenciadas para apresentacoes ao vivo, o VNV trouxe versoes retrabalhadas de seus hits, chegando ao ponto de causar confusao para os mais desavisados (houve quem pedisse Joy imediatamente apos ela ter sido tocada!)... A resposta bem humorada veio do palco: "Por que voces ficam gritando o nome de faixas que ja tocamos? Veja so, ja tocamos Joy, Honour, a Moonlight Sonata e um album do Sepultura, mas voces devem ter chegado atrasados. Agora vamos tocar Jazz!"
Durante todo o show, centenas de vozes entoavam em unissono os hinos futurepop do VNV, culminando numa versao a capella de Beloved. Ponto alto de uma noite que se manteve o tempo todo nas alturas. Mesmo para os mais ortodoxos, que torcem o nariz para o futurepop, o show foi um bombardeio intra-venoso de adrenalina sonora e nao havia ali uma viva alma que nao tenha vibrado ao som pulsante de Electronaut, o ato final instrumental performado por Ronan e Mark tocando seus synths sobre as bases sequenciadas. Coroacao perfeita para um show que insiste em ressoar em todos os ouvidos que estiveram presentes.
Mais fotos em: http://www.flickr.com/photos/wandeclayt/
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